A Assembléia Legislativa e a fabricação de politicalhas…

Publicado em   25/mar/2014
por  Caio Hostilio

bira-do-pindaréAgora pouco, vi os deputados Bira do Pindaré e Rubens Junior numa conversa com alguns jornalistas, cujo assunto era os índices de criminalidade nos estados brasileiros.

O interessante é forma mais esdrúxula possível de tentar jogar o Maranhão para baixo, isso utilizando de contas mirabolantes que são facilmente desqualificadas.

Cheguei até a chamar o assessor de comunicação do deputado Bira do Pindaré para lhe falar que seu chefe estava passando informações falaciosas aos jornalistas, além de mostrar ao deputado Rubens Junior que tal informação estava completamente fora de propósito… O mesmo fiz com os jornalistas.

Primeiramente, o deputado Bira do Pindaré estava falando que se fossem somados os crimes não contabilizados, o número de homicídios subiria para 69 e logo São Luís subiria para a terceira cidade mais violenta do mundo.

Segundo, o deputado no fã de desqualificar os números, disse que esses são informados dentro dos critérios da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.

Ledo engano, cara pálida!!! Os números são repassados dentro dos ditames do Ministério da Justiça e pela SENASP, logo sua informação politiqueira cai por água abaixo.

Por outro lado, os outros estados se utilizam dos mesmos índices que o Maranhão, com isso essa contabilidade Biriana escorre pelo ralo, haja vista que se forem somados dos os outros tipos de crime nos outros estados não mudaria em nada o mapa da violência, podendo até o Maranhão ficar mais abaixo.

Para que o deputado Bira tenha uma idéia, o único estado que não segue os ditames do Ministério da Justiça e do SENASP é São Paulo, que deixa de somar os homicídios em confronto com a Polícia e os praticados no Sistema Prisional, caso fossem somados, São Paulo superaria todas as expectativas.

O Mapa da Violência, realizado pelo Instituto Sangari não é o mais seguro, mas sim o do Ministério da Justiça.

Mas vamos nos basear pelo Instituto Sangari:

Cidades mais violentas do Mundo:

1ª. San Pedro Sula (Honduras) 187,14 mortes para cada 100 mil habitantes
2ª. Caracas (Venezuela) 134,36
3ª. Acapulco (México) 112,80
4ª. Cali (Colombia) 83,20
5ª. Maceió (Brasil) 79,76
6ª. Distrito Central (Honduras) 79,42
7ª. Fortaleza (Brasil) 72,81
8ª. Guatemala (Guatemala) 68,40
9ª. João Pessoa (Brasil) 66,92
10ª. Barquisimeto (Venezuela) 64,72 mortes para cada 100 mil habitantes

Outras cidades brasileiras no ranking das mais perigosas do mundo:

12ª. Natal (57,62 mortes para cada 100 mil habitantes)
13ª. Salvador (57,51)
14ª. Vitória (57,39)
15ª. São Luís (57,04)
23ª. Belém (48,23)
25ª. Campina Grande (46,00)
28ª. Goiânia (44,56)
29ª. Cuiabá (43,95)
31ª. Manaus (42,53)
39ª. Recife (36,82)
40ª. Macapá (36,59)
44ª. Belo Horizonte (34,73)
46ª. Aracaju (33,36 mortes para cada 100 mil habitantes)

Lugares mais violentos do Brasil 2013:

Alagoas é o Estado mais violento, com 55,3 mortos por armas de fogo para cada 100 mil habitantes, seguido por Espírito Santo (39,4 mortos para cada 100 mil), Pará (34,6), Bahia (34,4) e Paraíba (32,8). Na outra ponta, os Estados com menos mortes por armas de fogo são: Roraima (7,1), Piauí (8), Santa Catarina (8,5) e São Paulo (9,3). O Rio de Janeiro deve taxa de 26,4 mortes para cada 100 mil; Minas Gerais (13,4), Rio Grande do Sul (16,3) e o Distrito Federal (25,3).

Região Norte: 5.927 mortes

Acre: 144

Amapá: 259

Amazonas: 1.067

Pará: 3.482

Rondônia: 541

Roraima: 123

Tocantins: 311

Região Nordeste: 18.073 mortes

Alagoas: 2.084

Bahia: 5.288

Ceará: 2.514

Maranhão: 1.478

Paraíba: 1.454

Pernambuco: 3.412

Piauí: 427

Rio Grande do Norte: 727

Sergipe: 689

Região Sudeste: 15.237 mortes

Espírito Santo: 1.761

Minas Gerais: 3.538

Rio de Janeiro: 4.193

São Paulo: 5.745

Região Sul: 6.454 mortes

Paraná: 3.588

Rio Grande do Sul: 2.061

Santa Catarina: 805

Região Centro-Oeste: 4.241 mortes

Distrito Federal: 880

Goiás: 1.766

Mato Grosso: 963

Mato Grosso do Sul: 632

Portanto, não criem politicalhas, pois são facilmente desmascaradas!!!

  Publicado em: Governo

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