“Está superado tudo, é daqui pra frente um novo relacionamento”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva.

No momento, Bolsonaro estava no Palácio do Planalto recebendo apoio do governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (Republicanos).

Bolsonaro disse também que até já conversou com Moro após o 1º turno: “Foi uma conversa bastante amistosa. Apaga-se o passado, qualquer divergência porventura ocorrida. Sergio Moro foi pessoa que, realmente, mostrou o que era a corrupção no Brasil, levando a dezenas de pessoas a condenações. E deu uma nova dinâmica, muita esperança naquele momento. Então, o Moro vai continuar, no meu entender, como agora senador trabalhando também com viés desse lado, assim como o [Deltan] Dallagnol publicamente declarou apoio à minha reeleição”.

“Olha só, todos nós evoluímos. Eu mesmo errei no passado em alguns pontos e a gente evolui para o bem do nosso Brasil. Eu não posso querer impor a minha agenda pessoal. Então, erramos, pedimos desculpa, não temos compromisso com o erro. E nós vamos evoluindo. Tenho certeza que o Sergio Moro será um grande senador aqui em Brasília, assim como o senhor Dallagnol [eleito para a Câmara dos Deputados]”, disse o presidente ao comentar ele se sente confortável com a mudança de posição.

Quando perguntado diretamente se confia em Moro, Bolsonaro disse: “Não vamos entrar nesse detalhe. Ele vai fazer um trabalho dentro do Parlamento. Pretendo conversar pessoalmente com ele quando assumir aqui. Todos os recém-eleitos que, obviamente, a gente puder conversar, vamos conversar. Eles têm os seus interesses e eu tenho os meus, mas no grosso nós convergimos com mesmo ideal”.